terça-feira, 14 de abril de 2009

Realidades...


Os dados estão lançados...

Este domingo foi muito elucidativo...

Após ter estado à frente do computador, ter colocado todas as contas/despesas numa ferramenta de gestão financeira, constatei que a vida não é mesmo fácil... que ando a trabalhar quase e apenas para "aquecer"... que quase ganhava mais ao ficar simplesmente em casa...
Foi minha opção, eu sei...
Há um ano estava em casa a ser paga pelo Estado e por todos os trabalhadores (quero eu dizer: a receber fundo de desemprego) quando aceitei este emprego fora da minha área (de sonho) para me ocupar, para ter novas experiências, para lutar pela vida e mostrar ao mundo que ganhámos sempre em CAMINHAR, e só perdemos com a inércia proporcionada pelo facilitismo de estar em casa...
Não me arrependo...

Mas...
Só mesmo eu para ter andado a dormir durante tanto tempo, para ter pensado que tudo se resolve... poupa-se todos os meses, gasta-se o mínimo e indispensável... nada de superficialidades...
Sempre antes de comprar algo, o mesmo pensamento / as mesmas questões: "Preciso mesmo disto?", "Vivi até agora sem isto, posso esperar mais algum tempo?"
E quase sempre o desfecho é o mesmo... o objecto não necessário e apenas desejado fica na prateleira... à espera de melhores tempos...

A proposta em cima da mesa não me conseguia manter independente... assim como a proposta actual... mas o que interessa é que, ter a possibilidade de mudar e não mudar para melhor, não deve ser considerada possibilidade, certo?

Fiz contas... coloquei-as na mesa... disse: "não é uma questão de ganhar dinheiro, é uma questão de conseguir viver com o mínimo sem depender de terceiros..."
E assim é...

Dura é a realidade de aos 31 anos ainda depender e muito dos meus queridos pais... que hoje em dia vivem para educar, criar, manter, alimentar, realizar sonhos, trabalhar como "mouros" não para poderem gozar a vida deles... mas sim para continuar a ajudar os filhos que já deviam estar eles próprios a ajudá-los... era assim antigamente, não era?

3 comentários:

Cátia disse...

Minha querida amiga,

A vida não é facil... os tempos sao outros, as vidas são outros... Se antes existiam dificuldades, infelizmente os jovens de hoje estão a encarar outro tipo de dificuldades... A vida custa, e as perguntas de "será que preciso?" ocorre cada vez mais... É preciso ter força.

É preciso tomar decisões, espero que tenhas feito a melhor para ti. Cá estarei para o que precisares...

Beijinho mt grande
CA

ps - obrigada pelo carinho deixado no meu canto... é bom sentir-te perto, tenho saudades.

Cris disse...

Era, tempo aplicado correctamente...
Hoje, assiste-se a uma escalada de uns poucos que esmagam muitos, muitos, muitos. Certo é que há necessidades que são falaciosas, mas há uma que é indispensável: comida.
Olha, amiga, que a tua decisão seja o melhor possível. Talvez a Cátia mate as saudades mais cedo do que prevê! ;)
Eu, continuarei aqui, a dar o apoio que posso e contas sempre com a minha amizade.
Um xi apertado. (o coração não tem distância)

Miss Worm disse...

Que te posso dizer que já não te tenha dito?
Não vais para Lisboa ficar rica, não, não mesmo! Mas tambem não vais em condições precárias e por isso mesmo andas tu a lutar que eu bem sei.
Os nossos pais? Esses vamos precisar deles até eles estarem com as fontes esgotadas... a realidade de hoje não é a mesma de há uns anos atrás... hoje nos achamo-nos mais independentes porque saimos de casa para viver sozinhos ou para viver com alguem mas a verdade é que só muda o espaço fisico porque a dependencia emocional e muitas vezes monetária continua a mesma. Por sua vez, os nossos pais também conseguem perceber que os tempos mudaram e hoje, apesar de sermos "independentes" eles sabem que tem de " patrocinar" a nossa falsa independencia, já o aceitaram de coração!
Amiga, contornes ou não a questão a primeira vertente que deves estabilizar é a emocional, o resto... fluirá.