"As cadeias portuguesas deviam ter celas resistentes ao suicídio, defende Nuno Moreira, autor do livro Sofrimento, Desespero e Comportamentos Suicidários na Prisão, lançado nas 7.ªs jornadas sobre Comportamentos Suicidários.
O especialista recorre aos números da própria Direcção-Geral dos Serviços Prisionais (DGSP) para lembrar que a taxa de suicídio entre os reclusos portugueses continua muito alta.
A criação de celas resistentes ao suicídio é uma das medidas preconizadas. “São celas que permitem a visão ampla do recluso e que não permitem pontes de suspensão, ou seja, não oferecem locais onde o indivíduo se possa enforcar”, descreve, baseando-se no estudo feito pelo antropólogo Semedo Moreira que mostra que em mais de 85 por cento dos casos os reclusos recorrem ao enforcamento para pôr termo à vida.Fora das grades, o enforcamento é também o método utilizado em quase metade dos suicídios, como lembrou o psiquiatra Ricardo Gusmão, nas referidas jornadas. Já o psiquiatra Brás Saraiva preferiu alertar para o facto de as tentativas de suicídio estarem a aumentar entre os jovens portugueses, aproveitando para reclamar mais apoios do Estado na prevenção."
Retirado do Blog do palestrante: Mestre Nuno Costa Moreira (http://prisaoo.blogspot.com/)
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