domingo, 30 de março de 2008

O meu medo é preto...


"Ele provoca em seu ser uma tendência reacional que lhe faz nem querer ver o objeto, a causa ou o alvo desse medo. O medo preto, sem dúvida alguma, demonstra um processo que envolve um intenso e profundo sentimento, com um alto grau de sofrimento e pode estar sendo arrastado há bastante tempo em sua vida.

Muito interessante, é que esse não querer ver chega a ocasionar uma real possibilidade disso acontecer. Por vezes, a reação de defesa é tão intensa que a pessoa ou os aspectos envolvidos em todo o processo realmente "não são vistos". Ocorre o que é chamada supressão que é uma reação de defesa tão forte e profunda que ela nos faz nem perceber que aquilo ali está. Mas, o "re"contato com o objeto do medo acaba sendo inevitável em alguns momentos e, assim, cada vez que ele aflora parece ainda mais profundo e intenso. No medo preto, não são incomuns as sensações ruins permanecerem mesmo quando se procura livrar do processo com tratamentos, terapias, força de vontade ou por outra das diversas formas possíveis.

Os medos pretos, comumente indicam que quem os vivencia vem enfrentado estímulos que parecem conter aspectos de extremo poder. Como se o medo tivesse vida própria. É natural e inevitável a inferioridade ou o subjugo ao objeto do medo, já que ele parece tão poderoso ou, em muitas situações, tão sobrenatural ou sobre-humano, levando à fuga como maior tendência reacional. Mesmo os sentimentos de preocupação comuns a muitas pessoas, naquelas com tendência ao medo preto, se tornam difíceis, por vezes incontroláveis e de intensidade marcante. As sensações do medo preto, na maior parte das vezes, são as de que nem adianta querer controlar o processo, pois ele provoca a sensação de ser muito maior que as forças disponíveis em nós para mudar a situação e supera-la.

Enfim, se você é "portador" de um medo preto, uma das chances de vence-lo, reside no reconhecimento de quem você é, encontrar em si as capacidades, a confiança e a aceitação de certos aspectos da realidade que faz parte do mundo em que vivemos.

Quando passamos a compreender, pelo menos em parte esses aspectos, iniciamos uma transformação que ira criar uma realidade mais saudável para efetivarmos nossas vitórias."

sexta-feira, 28 de março de 2008

O poder do medo

O medo é poderoso… mas só o é porque eu o deixo ser… mas ele tem tanta força… muitas vezes sucumbo ao seu deleite de me aterrorizar… nesses momentos não quero mais viver… quero desistir de tudo, de todos e principalmente de mim. A vida torna-se demasiadamente dolorosa e tudo perde valor… mesmo quase nada importa… quase nada me consegue tirar deste sofrimento pesado e solitário… a não ser eu própria… e passo a depender somente de mim… talvez porque seja difícil pedir ajuda… mas mais difícil é saber que a quem eu peço ajuda nada me pode fazer e pouco me consegue compreender… são os meus pensamentos que estão doentes? Sou eu que os deixo dominar sabendo-os doentes?

quinta-feira, 27 de março de 2008

Medo... de quê?

Medo… de quê? De mim própria… dos meus pensamentos… deles serem mais fortes que eu… que eles me obriguem a fazer o que eu não quero… no fundo: medo de enlouquecer, de perder a consciência e de pôr termo à minha vida sem o sentir, sem o pensar e sem o querer… penso o que posso fazer para neutralizar estes pensamentos… e porquê os atraio?

Fui, outrora, alguém destemido… quis enfrentar a morte, a sorte… procurava terminar com a dor da vida… sorria perante o jogo de poder partir a qualquer momento… mas tudo com um sabor de loucura… tudo porque não sabia viver… tudo porque sentia-me insignificante neste mundo, alguém pequenino, invisível e sem valor… queria ser amada, acarinhada, exaltada… mas mesmo o sendo por várias pessoas, não o era por mim… não me permitia sentir o bom, porque esse bom não era interno… sinto o sentido da frase: “para amar o outro, tens que te amar a ti” ou “a felicidade vem de dentro”…

E agora, quero muito viver… mas tenho medo… medo de viver e medo de morrer… Não aguento mais o peso deste sentimento que me aprisiona e não me deixa ser eu... não me deixa pensar livremente porque até no meu pensamento eu me sinto enclausurada e controlada para não pensar nada de errado, nada que me possa levar ao ponto onde não quero chegar…