...nada fácil lidar comigo, estar comigo...
Queria tanto ser diferente, ter sido diferente, fazer diferente...
Sinto-me presa dentro de todo um passado, dentro de tanto ódio que me corrói e magoa todos os dias...
Queria limpar-me, livrar-me de sentimentos que só me fazem mal a mim... mas a mágoa é tão grande...
E nunca pensei estar onde estou hoje, nunca pensei em me tornar nisto...
E pensar em morte ocupa muito mais do meu tempo do que pensar em vida...
E tudo o que eu queria era um recomeço longe, um recomeço sem ninguém por perto que me lembre toda a minha dor...
Quando se é criada com um amor condicional, quando não se tem um porto seguro aonde nos refugiar nas tempestades mais difíceis, quando se tem pais tão egoístas que não vêem mais do que o próprio umbigo... perde-se tudo... eu perdi tudo...
Eu perdi-me...
E não consigo encontrar-me mais...
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sexta-feira, 24 de agosto de 2012
segunda-feira, 23 de abril de 2012
Medo...
Porque sinto tanto medo de ficar sozinha?
Sinto-me completamente anormal, presa a um medo que não me deixa viver em paz...
E é mesmo isso... não consigo mesmo viver em paz...
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segunda-feira, 12 de março de 2012
Catastrofização
Pormenor: repararam na catastrofização feita no post anterior?
Pois... Erro cognitivo...
Correção: fazer a minha parte por um mundo melhor: reciclagem, poupança de energia... e aproveitar ao máximo este tempo maravilhoso...
Pensar demais, por vezes, não traz nenhum benefício...
Serão estes os casos?
Fico sempre na dúvida se isso não será varrer para debaixo do tapete...
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Pois... Erro cognitivo...
Correção: fazer a minha parte por um mundo melhor: reciclagem, poupança de energia... e aproveitar ao máximo este tempo maravilhoso...
Pensar demais, por vezes, não traz nenhum benefício...
Serão estes os casos?
Fico sempre na dúvida se isso não será varrer para debaixo do tapete...
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quinta-feira, 27 de outubro de 2011
Grande susto...
Ando a ficar paranóica...
Hoje apanhei um susto quase de morte...
A verdade é que desde que a minha casa teve uma tentativa de assalto, eu, quando sozinha, estou quase sempre cheia de medo de aqui estar...
Existe sentimento mais desconfortável e angustiante do que não te sentires bem e segura na tua própria casa?
Existir, até pode existir... a de um ataque de pânico...
Mas a sério...
... Estava eu tomar um banhoco... claro que tranquei a porta do quarto e a porta do banheiro...
E não é que ouço um estrondo que até fez a porta do banheiro tremer?
Ai!... Perdi o norte... comecei a tremer por todos os lados, a rezar para que estivesse protegida... e sempre a ver quando é que tentariam arrombar também a porta do WC...
Esperei acalmar, vi que não havia mais barulhos e aventurei-me a abrir a porta para ir buscar o telemóvel...
Quando voltei para o banho, até chorei de tanto medo que tive...
Será que algum dia voltarei a ter paz de espírito?
Vejo as coisas muito negras nesse sentido...
Mas não queria perder a esperança...
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sábado, 10 de setembro de 2011
quinta-feira, 1 de setembro de 2011
*
A mudança que uma doença mental/emocional nos obriga é como se nós tivéssemos que morrer estando vivas para renascermos e nos aceitarmos como outras pessoas... Desta vez conhecendo as nossas limitações...
Diferentes do que fomos/somos... Apenas diferentes...
(Claro que eu diria que fiquei muito pior... cheia de espinhos, negativismos, medos, pessimismos, coração pesado... tudo de mau...)
Mas há que aceitar o meu novo eu... fazer o luto de quem fui...
Quem sabe aquela menina alegre, humilde, generosa, sorridente, esperançosa e feliz se lembre de me visitar de vez em quando?
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segunda-feira, 1 de agosto de 2011
Vida
Sei que a vida nunca vai ser do jeito que eu quero... Mesmo se fosse, estaria sempre alguma coisa errada para eu poder me inquietar...
Não ando famosa...
Por isso a minha ausência...
É engraçado que muitas das pessoas "doentes" quando melhoram desaparecem... eu sou o contrário... quando pioro desapareço...
E foi assim que "perdi" ou afastei todos os meus amigos... que agora estão tão longe que nem sei deles... o que lhes vai na alma... e o que vai na minha...
Quanto mais sozinha fico, mais perdida também...
Mas chega de lamentações...
Quando melhorar, reapareço...
Por agora ando muito ocupada em deitar-me abaixo, em querer morrer e desaparecer, e em sofrer imensamente simplesmente por ser quem sou...
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quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011
quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011
Tensa, tensa, tensa
É como me estou a sentir nesta casa...
Mais um ponto a dizer: muda, muda de casa...
E se o problema não for da casa, mas sim de mim e dos meus pensamentos?
Onde quer que esteja, estarei infeliz?
É essa a minha sina? Ser infeliz? Mas se o é, é porque eu assim o escolho...
Então a felicidade não é uma escolha?
Eu quero escolher ser feliz, mas será que o sei ser?
E dar valor ao que eu tenho, não?
É que pelo menos tenho um tecto...
E pelo menos quem tentou fazer o mal, desta vez não conseguiu... e espero que não o consiga nunca!
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Sorte ou Azar?
Prefiro dizer sorte, embora o meu coração sinta-o como um azar...
Mas foi sorte, muita sorte e muita protecção...
E muitos obrigados à vida e aos nossos protectores...
E muitas repetições de "Eu estou protegida!" para afugentar o medo...
E porque é que a vida voltou a aterrorizar-me?
Ou sou eu que me estou a aterrorizar? Pois...
Ontem tentaram assaltar a minha casa... não conseguiram...
Mas conseguiram deixar-me novamente em estado constante de ansiedade, alerta a qualquer e todos os barulhos que me deixam completamente instável e sem chão... respiração sem ar... coração sufocado com o medo... medo de tudo... medo de me tirarem o meu bem mais precioso, medo do mal que possam fazer...
E quando se pensa que está tudo mal, acontece sempre algo que vem e piora um pouco mais... e pode ser sempre tudo bem pior... e dentro de todas as tristezas que sinto por não sentir qualquer segurança onde deveria ser o meu porto seguro, sei que os nossos protectores não dormem e que estão sempre conosco...
E deverei agarrar-me a isso com unhas e dentes para conseguir ultrapassar este meu estado aterrorizado em que me encontro...
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Mas foi sorte, muita sorte e muita protecção...
E muitos obrigados à vida e aos nossos protectores...
E muitas repetições de "Eu estou protegida!" para afugentar o medo...
E porque é que a vida voltou a aterrorizar-me?
Ou sou eu que me estou a aterrorizar? Pois...
Ontem tentaram assaltar a minha casa... não conseguiram...
Mas conseguiram deixar-me novamente em estado constante de ansiedade, alerta a qualquer e todos os barulhos que me deixam completamente instável e sem chão... respiração sem ar... coração sufocado com o medo... medo de tudo... medo de me tirarem o meu bem mais precioso, medo do mal que possam fazer...
E quando se pensa que está tudo mal, acontece sempre algo que vem e piora um pouco mais... e pode ser sempre tudo bem pior... e dentro de todas as tristezas que sinto por não sentir qualquer segurança onde deveria ser o meu porto seguro, sei que os nossos protectores não dormem e que estão sempre conosco...
E deverei agarrar-me a isso com unhas e dentes para conseguir ultrapassar este meu estado aterrorizado em que me encontro...
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segunda-feira, 31 de maio de 2010
Culpa
Sim, carrego a culpa de por vezes ter pensamentos auto-destrutivos enquanto estás dentro de mim...
Sim, carrego a culpa de ter ataques de choro ás vezes sem eu mesma saber por que, mas com eles poder te estar a passar uma angústia sem fim...
Sim, carrego a culpa de, quando a conduzir, enviar-te vários sinais de perigo e de medo que eu não consigo conter...
Carregarei estas culpas mas tentarei contrariá-las protegendo-te mas permitindo-te dar passos seguros na descoberta deste novo mundo...
Como eu gostaria de me livrar destas amarras mentais!
Como eu gostaria de ser livre e de conseguir viver sem ter que perspectivar possíveis perigos...
Como eu gostaria de mudar as minhas lentes de ver o mundo e a minha vida!
...
quarta-feira, 4 de março de 2009
"Faça-me o favor de VIVER!"

Esta foi a frase com que eu sai da minha segunda consulta de psiquiatria... :-)
As "coisas" estao bem melhores... já se conduz, já se fica sozinha em casa, já se vai a um centro comercial... tudo isso de uma forma descontraida e sem medos irracionais...
A medicação ficará por mais algum tempo para me descondicionar e fazer "esquecer" o medo por um tempo necessário para poder voltar a conseguir viver normalmente... como uma pessoa normal!
É tudo e só o que eu quero: voltar a ser normal, voltar a ser eu!
De acordo com o que me disse a minha médica, por vezes a origem destes desiquilibrios são do foro biológico - existe a possibilidade de ter que viver com a toma da medicação para sempre... é uma hipotese que só saberemos depois de várias experiências... Não quero para já precipitar pensamentos do futuro...
Só vos quero dizer que estou bem melhor e digo: VIDA!!!
Um muito obrigada a TODOS VOCÊS meus amigos e companheiros de luta...
terça-feira, 16 de dezembro de 2008
Quando cai a noite na cidade...

Porque é que o cair da noite tráz-me mais medos?
Porque é que eu não consigo fazer o caminho de volta para casa sem sofrer, sem chorar, sem desejar desistir, sem pensar em mil e uma pessoas a quem poderia ligar mas não ligo... Porquê?...
A invasão do medo na minha alma insiste em atormentar-me dia após dia... principalmente quando estou sozinha... principalmente quando somos cobertos pelo manto da noite...
E eu que adorava viver à noite... adoro a Lua, adoro as estrelas... adoro o aconchego dos sons e cheiros nocturnos... ainda me consigo deslumbrar com esse carinho que me preenche mas ao mesmo tempo me assombra...
Sinto uma tristeza tão grande...
Cada vez mais deixo de ser eu... cada vez mais sinto que a minha vida não vale a pena... Porque é horrível viver atormentada, com o coração atado...
Porque é que eu me deixei ficar assim? Sinto-me fraca... sinto-me perdida... a minha vida mudou... a minha auto-imagem mudou...
Sei que tudo pode piorar, mas quero a minha vida e o meu ser de volta... Tenho tantas saudades de mim própria e da minha vida... :-(
segunda-feira, 15 de dezembro de 2008
A luta da derrota...

Quando o medo começa a tornar-se maior que o Ser...
Finalmente ganhei coragem e fui ter uma consulta com a minha psicóloga...
Ganhei a consciencia de que nem sempre conseguimos reacender a nossa luz sozinhos...
E felizmente ou infelizmente fui reencaminhada para uma psiquiátra...
- Felizmente porque apenas por tomar um comprimido posso voltar a ter qualidade de vida, posso voltar a sentir-me livre para pensar... para viver...
- Infelizmente porque não consegui ultrapassar estes medos sozinha... não consegui ganhar e desenvolver diferentes estratégias de coping de maneira a ficar mais forte... simplesmente, não consegui vencer o medo... mas sim deixei-o derrotar-me...
E apesar de estar a lutar, é assim que me sinto... derrotada...
terça-feira, 9 de dezembro de 2008
ZZZzzzzzzz
Dormir... é um bom remédio... mas uma fuga...
Tenho dormido para não ter que pensar nem sentir medo do que penso...

sexta-feira, 21 de novembro de 2008
sexta-feira, 7 de novembro de 2008
Fuga...
domingo, 21 de setembro de 2008
10 Regras para enfrentar o Pânico

"1. Lembre-se que o que sente não é nada mais do que um exagero das reacções normais do stress;
2. O pânico não é perigoso; é desagradável, mas não pode acontecer mais nada de grave;
3. Não interiorize pensamentos perigosos nem alarmantes sobre o que está acontecendo;
4. Não pense no que pode vir a acontecer no seu corpo;
5. Espere, deixe que decorra algum tempo e não lute contra as sensações; aceite-as, simplesmente;
6. Se deixar de ter pensamentos alarmantes, o medo extinguir-se-á por si mesmo;
7. Lembre-se que o principal é aprender a enfrentar o medo, não a evitá-lo. É uma oportunidade para progredir;
8. Pense nos progressos que fez até agora, apesar das dificuldades; e na satisfação que obterá, quando tiver ultrapassado a crise;
9. Quando começar a sentir-se melhor, olhe em redor e planeie o que pode fazer em seguida;
10. Quando se sentir capaz de continuar, recomece as tarefas que tinha em mãos, tranquilamente."
2. O pânico não é perigoso; é desagradável, mas não pode acontecer mais nada de grave;
3. Não interiorize pensamentos perigosos nem alarmantes sobre o que está acontecendo;
4. Não pense no que pode vir a acontecer no seu corpo;
5. Espere, deixe que decorra algum tempo e não lute contra as sensações; aceite-as, simplesmente;
6. Se deixar de ter pensamentos alarmantes, o medo extinguir-se-á por si mesmo;
7. Lembre-se que o principal é aprender a enfrentar o medo, não a evitá-lo. É uma oportunidade para progredir;
8. Pense nos progressos que fez até agora, apesar das dificuldades; e na satisfação que obterá, quando tiver ultrapassado a crise;
9. Quando começar a sentir-se melhor, olhe em redor e planeie o que pode fazer em seguida;
10. Quando se sentir capaz de continuar, recomece as tarefas que tinha em mãos, tranquilamente."
(Saúde e Bem-Estar - Jan 2008)
domingo, 31 de agosto de 2008
"Ansiedade - até onde é normal?"
"São muitas as situações adversas que as pessoas enfrentam ao longo da vida e perante as quais o organismo reage utilizando a ansiedade como meio de sobrevivência. No entanto, quando o homem se mostra incapaz de controlar essas circunstâncias não desejadas, a ansiedade deixa de ser um veículo útil de adaptação, para passar a constituir uma perturbação mental.
As crises de ansiedade são episódios curtos, de sintomatologia psíquica e física muito intensa, que se iniciam de forma repentina. Na terminologia moderna, designam-se por ataques de pânico.
Uma perturbação causada pelo pânico pode durar meses ou anos e, sem tratamento, é difícil de lhe pôr fim.
Pânico: origem mitológica
As origens do pânico estão reflectidas na Mitologia Grega. Pan, o Deus da Natureza, vivia no campo, controlando os rios, os bosques, as fontes e os animais de pastoreio. Não obstante, a sua imagem não correspondia à imagem típica de uma divindade. Era baixo, com pernas de cabra, tremendamente feio e, sobretudo, tinha um carácter insuportável. Habitualmente, dormia a sesta numa gruta perto do caminho e, quando um viajante mais ousado interrompia o seu sono, saía ao seu encontro, dando gritos aterradores, que provocavam calafrios e faziam subir o sangue nas veias. A esse violento e inesperado terror chamou-se "pânico"."
(Saúde e Bem-Estar - Jan 2008)
As crises de ansiedade são episódios curtos, de sintomatologia psíquica e física muito intensa, que se iniciam de forma repentina. Na terminologia moderna, designam-se por ataques de pânico.
Uma perturbação causada pelo pânico pode durar meses ou anos e, sem tratamento, é difícil de lhe pôr fim.
Pânico: origem mitológica
As origens do pânico estão reflectidas na Mitologia Grega. Pan, o Deus da Natureza, vivia no campo, controlando os rios, os bosques, as fontes e os animais de pastoreio. Não obstante, a sua imagem não correspondia à imagem típica de uma divindade. Era baixo, com pernas de cabra, tremendamente feio e, sobretudo, tinha um carácter insuportável. Habitualmente, dormia a sesta numa gruta perto do caminho e, quando um viajante mais ousado interrompia o seu sono, saía ao seu encontro, dando gritos aterradores, que provocavam calafrios e faziam subir o sangue nas veias. A esse violento e inesperado terror chamou-se "pânico"."
(Saúde e Bem-Estar - Jan 2008)
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