terça-feira, 24 de junho de 2008

Transcendendo o Medo


O mundo e o ser humano estão vivendo momentos de medo. Medo de ser, medo de viver, medo de morrer, medo da solidão, medo da violência, medo de si e medo dos outros. Muitos estão sofrendo e quase paralisados pelo medo do passado, medo do presente e, principalmente, medo do futuro.

Buda diz que “todos os medos e todos os sofrimentos infinitos vêm da mente” e eu sempre acredito que “o nosso melhor amigo e pior inimigo é a nossa própria mente”.
Viver com medo é como viver com o seu pior inimigo e, da mesma forma, viver em amor é como viver com o seu melhor amigo. A vida pode ser melhor ou pior dependendo da forma que estamos percebendo os eventos em nossa vida.

O sentimento de medo já está registado na memória celular de todos os seres humanos, vindo geneticamente dos nossos antepassados. A partir do nosso nascimento, começamos a vivenciar eventos que desencadeiam o sentimento do medo já enraizado em nós como memória celular. Depois, começamos a somar os medos dos nossos pais, dos parentes, da sociedade, amigos e parceiros e também o medo colectivo do mundo, criando assim uma massa crítica do medo em nós. Ou seja, compartilhamos com todos os medos do mundo.

Como todos os medos acontecem apenas no momento presente, a nossa acção para transcender o medo também deve ser no momento presente. Precisamos substituir o sentido do medo e da dor pelo sentido do respeito.

Pense nisso: “você não tem medo do fantasma, você tem medo do que o fantasma supostamente pode fazer com você”.


Rex Thomas

quarta-feira, 11 de junho de 2008

O regresso do medo


Hoje senti o medo a chegar...
É doloroso assistir-se impotentemente ao aparecimento, quase invisível mas perceptível deste sentimento bloqueador...
Medo do medo... é o que me faz parar, me faz sucumbir... me deixa completamente destruída por dentro...
Já há algum tempo que andava bem, ansiosa... mas sem medo...
Hoje senti de novo a presença do sentimento temido... não acreditei que seria capaz de enfrentá-lo e, covardemente mas justificadamente fugi... evitei... dei força ao medo...

Querem saber do que fugi? Da Ponte da Arrábida... Fui à volta... dar uma volta gigantesca para calmamente e sem medo chegar a casa... Racionalmente tentei explicar-me que até era bom fazer um caminho diferente, ainda por cima à beira rio... Lindo!!! Tentei aproveitar cada onda, cada raio de sol, cada pássaro, cada pessoa que estava no caminho... Aproveitar e saborear as pequenas maravilhas que este planeta nos oferece e que muitas vezes nos passa ao lado...
Mas sei porque é que intimamente eu o estava a fazer...

Resta saber se amanhã terei forças para lutar e ultrapassar este ainda pequeno mas forte obstáculo...
Darei notícias! ;-)