quinta-feira, 27 de março de 2008

Medo... de quê?

Medo… de quê? De mim própria… dos meus pensamentos… deles serem mais fortes que eu… que eles me obriguem a fazer o que eu não quero… no fundo: medo de enlouquecer, de perder a consciência e de pôr termo à minha vida sem o sentir, sem o pensar e sem o querer… penso o que posso fazer para neutralizar estes pensamentos… e porquê os atraio?

Fui, outrora, alguém destemido… quis enfrentar a morte, a sorte… procurava terminar com a dor da vida… sorria perante o jogo de poder partir a qualquer momento… mas tudo com um sabor de loucura… tudo porque não sabia viver… tudo porque sentia-me insignificante neste mundo, alguém pequenino, invisível e sem valor… queria ser amada, acarinhada, exaltada… mas mesmo o sendo por várias pessoas, não o era por mim… não me permitia sentir o bom, porque esse bom não era interno… sinto o sentido da frase: “para amar o outro, tens que te amar a ti” ou “a felicidade vem de dentro”…

E agora, quero muito viver… mas tenho medo… medo de viver e medo de morrer… Não aguento mais o peso deste sentimento que me aprisiona e não me deixa ser eu... não me deixa pensar livremente porque até no meu pensamento eu me sinto enclausurada e controlada para não pensar nada de errado, nada que me possa levar ao ponto onde não quero chegar…

3 comentários:

Unknown disse...

MORRER,
é a mais doce esperança que anima uma vida sem história.

MORRER,
é sair em liberdade,
é poder cheirar uma flor,
é ser aquilo que jamais se foi.

contudo, MORRER É CHATO...

(ABRIL/1968)

lu disse...

bem... nao te admito o pensar em morte.. (sei k nao posso interferir na liberdade e voos do teu pensamento)
Anyway.. nao to permito.. muitas vezes nao sei como ajudar.. mas sei que te adoro, sei que tens em ti uma força de viver inesgotável, e sei que a vontade de viver é meio caminho andado.. portanto, FORÇA e VIDA..

Zé Miguel Gomes disse...

Ajuda, por vezes, falar com as pessoas, amigas... Para percebermos que não estamos sozinhos e não há nada que o medo mais tema que um(a) amigo(a).

Fica bem,
Miguel