Vários blogues estão a lembrar-me que hoje é dia do Pai...
Tenho um pai maravilhoso, que eu adoro... mas que infelizmente vive do outro lado do oceano...
Quem se mudou fui eu... ainda pequenina, não tive outra opção... lembro-me de estar a chorar no avião a pensar: "um dia eu vou voltar"...
E esse dia chegou quando, após terminar o meu curso, o meu pai pediu-me ajuda nos seus negócios que desde que a construção passou a privilegiar outros tipos de material à madeira, foram decaindo e está cada vez mais fraco… Não aguentei um ano inteiro… Sofria por estar sozinha, sem os meus amigos, sem o resto da minha família, sem a minha vida… Fui resistente à mudança, ou não consegui me adaptar… Facto é que voltei para o meu lugar de conforto… para o colo da mãe, abraço dos irmãos, sorrisos e carinhos dos amigos… para um sonho de trabalhar na minha área e fazer aquilo que eu gostava…
Mas fui egoísta… deixei mais uma vez o meu pai sozinho… e esta é uma culpa que apesar de justificada, me aperta no coração.
Te Amo Muito, meu PAI!
2 comentários:
Desde quando tentarmos ser nós próprios pode causar culpa?
Conheço o teu dilema muito bem, bem demais, mas os nossos percursos são assim mesmo... Que esperaria o teu pai, o conforto de te ter ao lado ou o desespero de te ver infeliz?
Sorri amiga.
Fica bem,
Miguel
Sabes meu amor... às vezes percebo que não é tanto egoísmo assim.. que é um direito nós voltarmos ao colo e à vida que nós ESCOLHEMOS.. talvez também abdique de parte da minha vida para fazer a vontade dele... mas, o amor verdadeiro não nos exige isso... porque se alguém que amamos escolhe um caminho errado (ou pelo menos diferente do nosso), não temos de o percorrer com ele.. temos apenas de o amar.. antes, depois e durante o percurso.. :)
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