domingo, 27 de dezembro de 2009

Preço Justo

Andamos todos a ver quem ganha mais... para tal, há que tirar o máximo partido do outro!

Porque não aproveitar épocas festivas que, por acaso a sociedade conseguiu colocá-las mais consumistas do que afectivas, para ganhar... hum... talvez quê... 100%? 200%? em cima dos consumidores ingénuos e cegos... que "têm" que comprar...

Desculpem... mas revolta-me solenemente não existir um preço justo pelos bens materiais...
As lojas fazem o que querem e bem entendem... e nos saldos e promoções é que vemos o verdadeiro roubo a que somos sujeitos.

Dia 24/12: Calças a custar 55€
Dia 26/12: As mesmas a custar 38€...

Mas o que aconteceu? Perderam valor entretanto? Em dois dias?
E a troca de número nem dá direito a um vale no valor do dinheiro que entrou a mais?

Rgggghhhhhh!!!! Não há direito...
Deveriamos pagar um preço justo pelos bens e mais nada!
Nada de promoções ou saldos... É justo, é justo!
...

3 comentários:

Cris disse...

Para pagarmos o preço justo, seria necessário que:
1.º Os trabalhadores da Índia e da China, donde vêm a maior parte das roupas fossem devidamente recompensados pelo seu trabalho;
2.º As condições de trabalho desses trabalhadores fossem tais que a sua vida não correria riscos;
3.º Relacionado com o 2.º ponto, seria necessário não utilizarem produtos nocivos, há muito proibidos na União Europeia;
4.º As empresas donas das marcas não quisessem ter lucros a todo o custo, cometendo crimes e indo contra os direitos básicos dos seres humanos;
5.º Os accionistas dessas empresas não pressionassem constantemente as mesmas para terem mais lucros;
6.º O paradigma socio-económico vigente mudasse radicalmente...

Conselho:
Escolhe fibras naturais, de preferência de países que saibas que ainda vão cumprindo as regras.

Dica:
As calças pelas quais deste 55 euros, provavelmente tiveram um custo de 1 euro ao produtor.

Duarte disse...

E porque não, andarem nuas?
Já o Yves Saint Laurent dizia que as roupas mais bonitas para vestir uma mulher são os braços do homem que ela ama.
Mas não é disso que se trata, pois não? As pessoas querem é mais barato. De preferência da estação e de bem com moda.
Cris disse que devias escolher fibras naturais oriundas de países que cumpram as regras de conduta do dito mercado justo. Cris.. Isso é optimo, mas não é barato. Porque é justo, normalmente fica muito mais caro. É como a agricultura biológica. Por esse preço não ser concorrencial é que as lojas de mercado justo não cabem nos hipermercados. O que a nossa querida amiga quer, é preço justo para os consumidores, não é para os trabalhadores. Esses coitados só são invocados quando estamos a falar de forma etérea acerca dos problemas no mundo global. Não é o caso. Agora queríamos era tudo barato e de preferência quando dá mais jeito. No Natal. Coitadas das pessoas que precisam de comprar agora que é Natal.
Sermos os tolos que num dia se indignam que o Natal é consumir desenfreadamente e no dia seguinte fazemos exactamente igual, não ajuda. Se calhar fazer o que os espanhóis já fazem cá dentro. Os presentes são trocados na altura dos Reis. Eles vêm comprar aos nossos saldos. Até faz mais sentido. Os Reis Magos é que ofereceram os ditos presentes. Não foi o Pai Natal. O Pai Natal é da Coca Cola.
Depois há as camisolas feitas no sofá. Tricotar faz bem aos olhos e à coordenação motora dos dedos. Luvas, cachecois, meias quentinhas, ficam uma pechincha e são peças de artesanato. Podem oferecer ao amigos. Eu compro-te uma de gola alta. Mas barata!

Beijinhos

Lua disse...

Obrigada pelos comentarios e boas ideias! :-)
Gostei da ideia de oferecer uma prenda artesanal... :-)
E aprendi a liçao de nao comprar roupas no Natal...
Beijinhos grandes aos dois!

Repensando o que escreveram... nao sao respostas, ok?

Ora bem... o que eu realmente quero e um preço justo para os consumidores e trabalhadores... Se assim for, eu como trabalhadora e a ganhar um salario justo, terei capacidade de comprar os bens necessarios a um preço tambem justo, certo?
Nas condiçoes actuais que temos, e nem me refiro as pobres almas que nascem no outro lado do mundo e que sao exploradas desde crianças, realmente o dinheiro ganha valor... infelizmente...
E digo isso porque, para se ter as condiçoes que, fomos aprendendo serem essenciais ao bom crescimento e desenvolvimento humano e ja agora, boa qualidade de vida, ter dinheiro e essencial e fundamental...
Quem se habitua a viver com luz, agua quente, comida no frigorifico, roupas quentes, musica, livros... ate mesmo com computador... dificilmente conseguira retroceder nestas "exigencias" de tais necessidades...
Ora bem... e como hoje em dia muitos dos salarios sao injustos - ha que aproveitar as oportunidades que surgem, mesmo nao sendo nem as melhores nem as ideais - chora-se sim por miseros Euros que nos fazem falta para outras coisas... Chora-se sim, a desvalorizaçao do dinheirinho suado perante alteraoes de preços advindos de promocoes e em datas proximas... Chora-se sim, querer-se "viver" e nao ter as possibilidades que aprendemos serem as ideias...
E assim...