quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Palavras ditas...



Quando falamos, por vezes ferimos...

Eu prefiro ficar calada a dizer coisas que não devo, ou que podem ferir susceptibilidades...
Claro que isto faz um pouco parte de mim...
Por vezes, deparo-me com uma certa espontaneidade e depois lá tenho eu que andar a correr atrás das palavras que já vão longe... elas já saíram e o que tinham a provocar, já foi...
Isto é muito, muito raro... mas se magoo alguém sem querer, tento compreender onde acertei, e limpar as feridas causadas... se conseguir, é claro...

Palavras são como balas... por vezes passam de raspão - e arranham...
Outras vezes entram profundamente e lá se alojam... vão doendo, vão magoando... sempre que lembradas...
Podem também matar... matar sonhos, matar amizades, matar auto-imagens...

Hoje feriram-me... nada de especial...
Pode ser brincadeira... mas não gosto que pensem que eu penso isto ou aquilo... ou se querem pensar, que pensem... Magoa ter vindo de quem veio... Pensei que me dariam mais crédito... Enfim...
Amanhã já passou... e ainda bem...
...

2 comentários:

Miss Worm disse...

pensa bem no contexto ... e amanha falamos sobre isto.

Duarte disse...

E se eu te disser que quando ouves também podes sofrer. Que as palavras são nossas a partir do momento em que as ouvimos. O contexto é teu, e o sentido que lhe aplicas também foste tu quem o criou.
E o outro que as disse, ainda por cima, também o desenhaste do desejo de ser quem é. Por isso a expectativa tão alta, que sendo justa, também é uma criação tua. Tenho-o dito de outra forma - somos sempre nós. A provocar dor, e a sofrer pela dor que provocamos. Os outros (seja quem for), és tu. Se abraças os outros, também é a ti que abraças. Se queres encontrar a verdadeira pessoa que és, procura o amor na pessoa em frente a ti, porque só aí vais ser tu.
A Xana costuma dizer que só é verdade quando lhe sabe a doce. Só aí.
- Pergunta-te? Soube a doce? Porque a amargura não sendo quem és, foste tu quem a sentiu. Mas se não soube a doce, então não é verdade.
Às vezes basta um sorriso para desmontar tudo. Perdoar costuma saber a chocolate. Devolve-nos a verdade.

Um beijinho.
Dois..